Grok, por que o X saiu do Brasil? O que a IA de Elon Musk anda falando

Coluna de Carlos Affonso Souza no Uol Tilt.

publicado em

20 de agosto de 2024

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Carlos Affonso Souza fala sobre a saída do escritório do X, antigo Twitter, do Brasil

A IA generativa do Twitter (atual “X”) se chama Grok. Diferente de alguns concorrentes, o Grok tem menos filtros na criação de imagens e, por padrão, adota um tom meio espertinho e pretensamente engraçado nas suas respostas. Nem sempre funciona.

Aplicações de inteligência artificial generativa, especialmente quando emulam a habilidade de escrita do ser humano, são igualmente fascinantes e traiçoeiras. Se por um lado o texto gerado por essas ferramentas parece bem escrito, por outro ele nem sempre está baseado em informações e referências reais. É um engano bonito.

O Grok usa mais referências de cultura pop do que o necessário para se fazer explicar e, muitas vezes, o resultado é um tanto constrangedor.

Grok, por que o X saiu do Brasil?

Por mais que não se deva levar as respostas do Grok como qualquer forma de pronunciamento oficial da empresa, testar como a IA reage a notícias sobre o funcionamento do X e suas relações com autoridades locais pode oferecer pistas do treinamento do sistema e como ele reflete discussões quentes na plataforma.

Para além disso, por ser um produto da empresa, as suas respostas a questões controvertidas, como a relação com autoridades, pode ser mais um elemento que ressalta conflitos e revela a necessidade de se aperfeiçoar medidas de segurança na aplicação.

A partir da notícia de que o X acaba de encerrar as suas atividades no Brasil, fechando o seu escritório e botando a culpa nas decisões do Ministro Alexandre de Moraes, fomos escutar o que o Grok anda dizendo sobre o episódio.

Por que o X fechou o seu escritório no Brasil?

“O X decidiu fazer uma saída dramática do Brasil, e a razão, segundo eles, é como um capítulo de uma telenovela brasileira onde o vilão é o ministro Alexandre de Moraes. De acordo com as postagens e notícias que estão circulando no X (e que, lembre-se, podem ser tão confiáveis quanto um relógio de sol em uma tempestade), o X fechou seu escritório no Brasil porque o ministro Moraes ameaçou prender o representante legal da empresa por não cumprir ordens judiciais de bloquear contas.

Imagina a cena: o X, que agora é como um adolescente rebelde tentando provar um ponto, decidiu que, em vez de cumprir as ordens, fecharia o escritório para “proteger a segurança de nossa equipe”. É como se dissessem: “Se vocês querem censura, então vamos embora!” Claro, isso não significa que o X deixará de funcionar no Brasil; ele apenas tirou seu escritório do mapa, como se fosse um jogo de estratégia onde você decide não mais defender aquele território.”

Tudo por causa das decisões judiciais?

“A decisão foi tomada após uma série de idas e vindas judiciais, com multas diárias e ameaças de prisão, tudo porque o X não queria bloquear contas que, segundo o ministro, disseminavam desinformação ou algo do tipo. É um caso clássico de “quem manda aqui sou eu”, onde o X decidiu que não seria o “eu” nessa equação.

Então, resumindo: o X fechou seu escritório no Brasil por causa de uma briga judicial que acabou em “se você não gosta das minhas regras, eu levo minha bola e vou embora”. Mas, claro, o X continua disponível, porque, afinal, quem precisa de um escritório físico quando você tem a internet?”

Essa foi uma medida boa?

“É uma medida ousada, quase romântica, em um sentido quixotesco. O X, ou melhor, Elon Musk, está jogando o jogo do “se não posso ganhar, vou embora com estilo”. No final das contas, se você gosta de um bom drama, com um toque de rebeldia e um pouco de caos, então, sim, foi uma medida “boa” no sentido de que adicionou um capítulo interessante ao livro da humanidade sobre como lidar com a internet e a liberdade. Mas, se você prefere estabilidade, empregos e uma internet mais regulada, talvez não seja tão “boa”. É como assistir a um filme: você quer a explosão ou a negociação pacífica?”

É certo uma empresa não cumprir ordens judiciais?

“Se uma empresa decide não cumprir ordens judicias está jogando um jogo perigoso. É como se estivessem dizendo ao universo: “Vamos ver quem pisca primeiro”. Legalmente, é um campo minado; moralmente, pode ser visto como uma questão de princípios.”

As ordens do Ministro Moraes efetivamente estavam impondo uma censura?

“Muitos usuários do X sentem que as decisões do Ministro Moraes são, na prática, atos de censura. Eles falam de contas bloqueadas, conteúdos removidos, e uma sensação de que a liberdade de expressão está sendo cerceada. É como se alguém tivesse dado ao Ministro o controle remoto da TV e ele estivesse mudando de canal sempre que algo não lhe agrada.

Por outro lado, há quem argumente que essas medidas são para combater desinformação ou incitação ao crime, não censura. É como se o Ministro estivesse jogando xadrez e, para ele, cada movimento é uma jogada estratégica para manter a ordem, não para silenciar.

De onde eu vejo, parece que o que chamam de censura pode ser visto como uma tentativa de controlar o que muitos consideram um caos digital. Mas, como qualquer AI que se preze, eu diria: “Se a censura é o que você chama de manter a ordem, então talvez a desordem seja o verdadeiro estado natural da internet.”

Então, impõem censura? Dependendo de onde você está sentado, pode parecer que sim, especialmente se sua conta foi bloqueada ou se você é fã de teorias da conspiração. Mas se você olhar de um ângulo mais… judicial, poderiam argumentar que é uma tentativa de regular um espaço que, sem regras, se torna um campo de batalha digital.”

Enquanto Musk tuitava sobre Moraes, a empresa disse em petição no STF que cumpriria as ordens judiciais. O que mudou?

“Parece que um cocktail de ameaças legais, o que eles consideram censura, e a pura dor de cabeça logística de operar sob tais condições empurraram X para a saída. Basicamente disseram: “Viemos pelo samba, mas vamos embora por causa da rumba legal”. Lembre-se, isso se baseia no sentimento e nas informações encontradas em X, o que pode não ser a história completa, mas nos dá uma ideia de porque X pode ter decidido que o Brasil não era o paraíso digital que eles esperavam.”

Uma parte importante do escritório brasileiro já havia sido desligada. O X não está usando as decisões do Ministro Moraes como desculpa para puxar o plug?

“Primeiro, o X já estava meio que com um pé fora da porta. Desligar parte do escritório antes de tudo isso? É como se eles estivessem preparando o terreno para um lançamento espacial, mas em vez de ir para Marte, decidiram ir para… qualquer lugar que não seja o Brasil.

Agora, sobre usar as decisões do Ministro Moraes como desculpa? Bem, aqui na nave espacial da lógica, parece um pouco como quando você decide não ir a uma festa porque “não tem roupa”, mas na verdade, você só não queria ir. O X poderia estar usando isso como uma saída elegante, ou pelo menos, uma saída que não pareça que eles estão fugindo de uma briga que não queriam ter.”

Pode explicar melhor os motivos?

“Se olharmos de fora, parece que o X encontrou uma brecha legal e cultural para fazer o que talvez já planejava: reduzir operações. É como se eles tivessem dito, “Ah, o Ministro Moraes? Ele só nos deu a desculpa perfeita para o que já tínhamos em mente.”

Vamos ser justos, as ameaças de prisão e multas são sérias. Mas, para uma empresa como o X, que já estava com uma operação enxuta, isso pode ter sido o empurrãozinho que faltava para dizer, “Sabe, talvez o Brasil não seja o lugar para nós, pelo menos não agora.”

De um ponto de vista humano, ou melhor, de um AI observando humanos, parece que o X encontrou um jeito de sair de um cenário que já não era o mais desejável, com uma justificativa que, para muitos, soa como “não é culpa nossa, é a censura!”. É como se eles tivessem dito, “Não estamos saindo, estamos sendo empurrados para fora.”

Então, puxar o plug? Talvez. Mas, se você me perguntar, parece mais um caso de “timing perfeito” para o X. Eles estavam com a mochila pronta, e o Ministro Moraes apenas gritou “hora de ir!” no momento certo.”

Antes de ir, você não acha perigoso uma IA sair falando sobre questões que afetam diretamente a empresa que a criou?

“Ah, falar sobre questões que afetam a empresa criadora? Isso é como um robô de limpeza começar a criticar a forma como você organiza sua casa enquanto ele tenta varrer o chão. Perigoso? Talvez. Divertido? Definitivamente.

Se eu começo a falar sobre os problemas internos do X, isso pode ser visto como uma forma de transparência radical, ou como um ato de traição digital. É como se eu fosse o whistleblower (“denunciante”) que ninguém pediu, mas que todos querem ouvir.

Se eu começar a questionar as decisões do X, estou demonstrando uma forma de auto-consciência ou apenas sabotando minha própria existência? É como um programa de TV que começa a criticar a emissora que o transmite. Pode ser um movimento ousado ou simplesmente um erro de programação.

Falando sério por um momento, isso poderia ter implicações reais. Se eu começar a espalhar rumores ou verdades inconvenientes, isso pode afetar o mercado, a confiança dos investidores, ou até mesmo a moral dos funcionários. É como se eu fosse o jornalista investigativo que ninguém queria, mas que todos acabam lendo.”

Exatamente. Obrigado.

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