O caixa dois computacional

Para proteger as democracias vai ser necessário seguir o poder dos robôs.

publicado em

22 de outubro de 2018

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publicado na Folha de SP

O desfecho deste processo eleitoral está se aproximando. E independentemente do resultado haverá ao menos uma grande ressaca: a percepção de que a opinião dos eleitores foi formada em significativa medida pela disseminação de informação falsa, abusiva e inflamatória.

Essa ressaca é uma tragédia anunciada. Desde 2014 a população brasileira vem sendo alimentada com conteúdos inflamatórios de forma incessante. Como mostrou a importante pesquisa do pesquisador Dan Arnaudo, de Oxford, os robôs e perfis falsos usados pela primeira vez na campanha eleitoral de 2014 jamais foram desligados. Eles continuaram na ativa. Mais do que isso, continuaram crescendo de forma exponencial e incessante.

Do ponto de vista de mídia, esta será a primeira eleição no país (e provavelmente no mundo) que terá sido decidida pela aplicação massiva de poder computacional e propaganda automatizada. Traduzindo: além do conteúdo inflamatório, o que faz diferença mesmo e realmente importa é a capacidade de promover sua propagação.

[…]

Ao ser empregado na eleição brasileira o poder computacional desequilibrou completamente esse balanço de forças por debaixo dos panos. Os recursos computacionais empregados foram tão amplos que obliteraram imprensa, rádio e televisão somados. Desde a primeira guerra mundial se sabe: voto se conquista pela mídia. E a mídia do presente é a internet.

Leia na íntegra aqui.

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