A obra George Orwell entrou em domínio público em diversos países (incluindo o Brasil) em 2021 e não pode faltar em um debate sobre literatura, direito e a contemporaneidade. Escolha sua edição favorita (tem até em HQ) e participe do início do nosso ciclo de debates em grande estilo.  

Referências complementares: A Fazenda dos Animais (George Orwell); Fahrenheit 451 (Ray Bradbury).

Você provavelmente já ouviu falar em “Rebecca, a Mulher Inesquecível”, filme de Hitchcock que foi refilmado há pouco e está disponível na Netflix. Mas você sabe a polêmica por trás da obra que o inspirou? A brasileira Carolina Nabuco, filha de Joaquim Nabuco, foi uma mulher muito talentosa que escreveu o romance “A Sucessora” e o traduziu para o inglês. Anos depois, Daphne du Maurier publicou seu livro mais famoso, “Rebecca”, onde podemos encontrar vários elementos do livro de Carolina. Houve plágio? É o que vamos discutir neste encontro.

Referências complementares: Rebecca (livro e filme); A Vida de Pi (Yann Martel) e Max e os Felinos (Moacyr Scliar); …E o Vento Levou (Margareth Mitchell) e A Bicicleta Azul (Régine Deforges).

Ian McEwan é um dos escritores mais talentosos da atualidade e suas obras muitas vezes evidenciam as difíceis escolhas morais que precisamos fazer. “Quais os limites de nossa individualidade e quão livres nós somos?”, é o que o conjunto da obra desse autor britânico parece querer responder. Há muito tempo os cursos de Direito vêm se dedicando a analisar em que medidas indivíduos podem recusar tratamento médico e a questão é atual como nunca. 

Referências complementares: Máquinas Como Eu (Ian McEwan) .

Michael Sandel se tornou um fenômeno por conseguir aliar profundidade acadêmica e clareza. Seus livros “Justiça” e “O que o Dinheiro não Compra” se tornaram clássicos nos cursos de Direito. Neste encontro, teremos a oportunidade de analisar sua obra mais curta e que mais aponta para o futuro. 

Referências complementares: A Tirania do Mérito (Michael Sandel); Longe da Árvore (Andrew Solomon); Gattaca (dirigido por Andrew Niccol, 1997).

A recente adaptação da obra de Margaret Atwood para a televisão aumentou o prestígio da autora, que acabou vencendo o Booker Prize de melhor livro em língua inglesa em 2019 com a aguardada continuação de seu maior sucesso. Seus livros de ficção especulativa se alimentam da realidade para devolvê-la a nós com perspicácia e, em alguma medida, perplexidade.

Referências complementares: “Oryx e Crake” (Margaret Atwood), “Aqueles que Queimam Livros” (George Steiner).

Toda a obra de Kafka é permeada pela nossa relação com a justiça, como fica evidente em “O Processo”, sua obra mais conhecida. Em “Na Colônia Penal”, a punição é retomada como metáfora de um sistema autoriário e inadequado e muito nos ajuda a pensar sobre a internet se tornou também uma máquina punitivista .

Referências complementares: “O Processo” (Kafka), “A Máqina do Ódio” (Patrícia Campos Mello) e “Humilhados” (Jon Ronson).

Somos livres para dizer não? E como lidar com as consequências de nossas decisões que não estão em conformidade com o que é esperado de nós?

Referências complementares :”Uma Vida Oculta” (filme de Terrence Malick, 2020); “Soul” (desenho de Pete Docter, 2021).

Dois textos curtos e impactantes, que tratam de temas relevantes em um mundo fragmentado. Chimamanda Ngozi Adichie é escritora nigeriana que alcançou enorme sucesso internacional por conta da qualidade de suas obras de ficção e de não ficção.

Djamila Ribeiro ganhou o Jabuti de 2020 com “Pequeno Manual Antirracista”, tendo se tornado uma personalidade fundamental no debate público brasieiro no que diz repeito a feminismo e racismo.

Referências complementares: “Fragmentos de um Discurso Amoroso” (Roland Barthes).

Clássico da literatura brasileira que completou 60 anos em 2020 e que segue sendo uma pedra fundamental para compreender o Brasil. O texto de Carolina Maria de Jesus continua contemporâneo e encontra ressonância no debate atual das questões sociais.

Referências complementares: “A Paixão Segundo GH” (Clarice Lispector); “Torto Arado” (Itamar Vieira Júnior); “Eu, Daniel Blake” e “Você não Estava Aqui” (filmes de Ken Loach, 2016 e 2020, respectivamente).

O gênio de Umberto Eco criou esse momumento labiríntico de erudição e cultura pop, que completou 40 anos em 2020 ainda com o frescor e o interesse que despertava em seu nascimento. Décadas depois, o que essa alegoria passada na Idade Média ainda tem a nos ensinar?

Referências complementares: Pós-escrito ao Nome da Rosa; “Obra Aberta”; “Interpretação e Superinterpretação”, “Os Limites da Interpretação”, todas obras de Umberto Eco.