A capacidade de raciocinar e compreender o mundo que nos rodeia é garantida pela atividade coerente de bilhões de neurônios em nosso cérebro. A própria existência humana está enraizada nas interações entre milhares de genes e metabólitos dentro de nossas células. Dado o importante papel que estes organismos desempenham em nosso dia a dia, a compreensão, descrição, previsão, e eventualmente o controle desses sistemas são alguns dos maiores desafios intelectuais e científicos do século 21.

O surgimento da ciência das redes é uma demonstração viva de que podemos dar conta deste desafio. O conceito de rede está no centro de algumas das tecnologias mais revolucionárias do século 21. As redes permeiam a ciência, a tecnologia e a natureza em um grau muito maior do que pode ser evidente em uma observação superficial. Por isso, está cada vez mais claro que nunca entenderemos sistemas complexos, se não tivermos um profundo conhecimento das redes que estão por trás deles.

Big Data traz à tona os grandes volumes de dados digitais e ilumina e expõe essas redes complexas, permitindo a elaboração de modelos que descrevem, explicam ou antecipam com eficácia o comportamento e dinâmica dos sistemas. Conhecer melhor estes fenômenos, entender suas origens ou vislumbrar seu status no futuro nos permite tomar melhores decisões. Nesta Varanda, tivemos uma conversa aberta sobre as potencialidades e as experiências deste novo jeito de perceber, pensar e decidir.