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Originalmente proposta por  Beth  Noveck,  a  Crowdlaw  consiste  na  ideia de  que  parlamentos e  instituições públicas  em  geral  trabalham melhor quando estimulam o engajamento cívico, aproveitando novas tecnologias para explorar diversas  fontes  de  opinião, expertise e  dados  em  cada  estágio do  ciclo de  elaboração das leis e políticas públicas. 

Parlamentos de diversos países, inclusive o Brasil, implementaram plataformas digitais para possibilitar a participação da população, como é o caso dos portais e-Democracia e e-Cidadania, implementados pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. Além disso, existem projetos de iniciativa de organizações da sociedade civil, como é o caso do aplicativo Mudamos, desenvolvido pelo ITS para possibilitar assinaturas eletrônicas em projetos de iniciativa popular. Mas quais têm sido os impactos dessas experiências de crowdlaw? Qual o papel da tecnologia em estimular a adoção de novas ferramentas e de uma nova cultura participativa? 

Na Varanda ITS #106, vamos explorar alguns dos desafios, possibilidades e conquistas da crowdlaw no Brasil e no mundo, conhecer diferentes pesquisas sobre o tema, usando como referência o livro recém-lançado “Crowdlaw: abrindo as portas do governo para a participação digital”. Para o debate convidamos a pesquisadora em Direito e Tecnologia (CTS-FGV) e autora do livro, Julia Iunes, o pesquisador e doutor em Ciência Política pela UFMG, Marco Konopacki, e o professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFPR e pesquisador do INCT-DD, Rafael Sampaio, com moderação da coordenadora de Democracia e Tecnologia do ITS, Debora Albu.