Carta Pública | “COP da implementação se faz com políticas justas de CT&I”

14/11/2025

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Mutirão TecnoClima entrega Carta Pública na COP30 e propõe políticas justas de Ciência, Tecnologia e Inovação para o clima

“A COP30 também representa uma oportunidade histórica para unir as transições digital e climática em uma única transformação planetária”, declarou o embaixador André Corrêa do Lago, na nona carta da presidência da COP30, em Belém, na última segunda-feira (10).

Inspirado pelo espírito de mutirão, palavra de origem indígena que sintetiza cooperação e ação coletiva, o Mutirão TecnoClima reafirma o papel da tecnologia e da inovação como pilares essenciais para enfrentar a crise climática de forma justa e inclusiva.

Organizado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), em parceria com a Plataforma CIPÓ e o WTT Ventures, o Mutirão consolidou uma rede diversa de governo, sociedade civil, academia, setor privado, juventudes e povos e comunidades tradicionais, que se reuniu em Brasília e Belém para debater o futuro da ciência e tecnologia no enfrentamento das mudanças climáticas.

O principal resultado desse processo foi a Carta Pública “COP da implementação se faz com políticas justas de CT&I”, lançada oficialmente no dia 14 de novembro de 2025, durante a COP30, em Belém. O documento traz recomendações concretas para fortalecer o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na governança climática global, integrando saberes indígenas, tradicionais e científicos, e impulsionando a cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento de tecnologias climáticas.

A Carta propõe três eixos de ação:

  1. Integração e reconhecimento de múltiplos sistemas de conhecimento nas convenções do clima, biodiversidade e desertificação.
  2. Fortalecimento do Mecanismo de Tecnologia da UNFCCC, ampliando iniciativas de coprodução e desenvolvimento tecnológico com liderança do Sul Global.
  3. Criação de um mecanismo permanente de participação social digna e efetiva de povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes nas COPs.

Essas diretrizes colocam o Brasil na vanguarda de um novo paradigma de co-produção e co-desenvolvimento de tecnologias para o clima, promovendo uma ciência aberta, colaborativa e a serviço da justiça climática.

Leia a Carta Pública na íntegra